1. O que foi e como surgiu o ideal republicano renascentista?
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O ideal republicano renascentista surgiu no contexto das cidades-Estado italianas (Florença, Veneza, Gênova), inspirando-se na tradição cívica romana.
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Defendia a participação dos cidadãos, a virtude cívica, o bem comum e a liberdade política frente a tiranias ou dominações externas.
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Foi alimentado pelo humanismo renascentista, que valorizava o homem como agente ativo da vida política.
2. Quais as características do pensamento político anterior a Maquiavel?
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Política ligada à moral e à religião (influência de Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Tomás de Aquino).
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O governante deveria ser justo, virtuoso e obediente à lei divina.
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A legitimidade do poder vinha de Deus (teocracia medieval) ou da ordem natural (gregos).
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A política era pensada como meio para realizar o bem comum e não apenas para conservar o poder.
3. Por que se fala em maquiavélico e maquiavelismo?
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Porque Maquiavel, em O Príncipe (1513), defende que o governante deve usar a força, a astúcia e até a mentira se necessário para manter o poder e garantir a estabilidade do Estado.
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“Maquiavélico” passou a significar quem age com astúcia calculista, sem escrúpulos, visando apenas o próprio interesse ou poder.
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O termo “maquiavelismo” designa essa prática política pragmática e, muitas vezes, imoral.
4. Por que surgem os conceitos de estado de natureza e contrato social?
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Nos séculos XVII e XVIII, com Hobbes, Locke e Rousseau, surge a necessidade de justificar a origem e legitimidade do Estado sem recorrer à religião.
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O estado de natureza: situação hipotética do homem antes da sociedade política.
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O contrato social: pacto pelo qual os homens renunciam a parte de sua liberdade natural para viver em sociedade, criando leis e governo.
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Isso fundamenta a política em termos racionais e seculares.
5. Quais são as principais ideias da teoria política liberal?
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Defesa da liberdade individual (direitos civis e políticos).
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Limitação do poder do Estado por meio de leis e constituições.
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Valorização da propriedade privada e da livre iniciativa.
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Governo representativo, baseado na soberania popular.
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Igualdade jurídica dos cidadãos (ainda que, no início, restrita a proprietários).
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Principais autores: Locke, Montesquieu, Adam Smith, mais tarde John Stuart Mill.
6. O que é revolução?
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Transformação rápida, profunda e geralmente violenta da ordem política, social ou econômica de uma sociedade.
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Rompe com estruturas anteriores, substituindo-as por novas (Ex.: Revolução Francesa, Revolução Industrial, Revolução Russa).
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Pode ter caráter político (mudança de regime), social (redistribuição de poder), econômico (mudança nos meios de produção) ou cultural.
7. Inovações políticas trazidas por Maquiavel.
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Autonomia da política em relação à moral e à religião → a política deve ser analisada por suas próprias leis.
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Ênfase no realismo político: o que importa não é como o poder deveria ser, mas como ele é de fato.
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Separação entre o ser e o dever-ser: governar exige lidar com a realidade humana (ambição, medo, conflito).
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Introdução da ideia de razão de Estado: a preservação do poder e da ordem pode justificar atos moralmente duvidosos.
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Reconhecimento do papel da força e da astúcia (virtù e fortuna) na ação política.

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